Há seis anos, quando iniciei estas tropelias na blogosfera, era Lisboa uma cidade europeia baça e acanhada, e o Cais das Colunas um recanto triste, perdido entre montões de escombros, caliça e poeira. Seis anos mais tarde (precisamente hoje), Lisboa é o triunfo à escala mundial que se conhece, e dezenas de guias turísticos ostentam na capa fotos do Cais, tornado de algum modo o ex libris da cidade. Isto e os 127 352 visitantes - mais de 21 000 por ano, mais de 57 por dia! - atestam bem o sucesso deste blogue. Aposta de quatro grandes fotógrafos, conseguiu ainda agregar o entusiasmo de outros: por aqui poisaram, tanto quanto me lembro, um par de Nunos, uma Lali intermitente e até um franco-Daniel de passagem. Pena que não tenham sido mais, e que os que foram não se tenham demorado.
Como diria o poeta, "é minha a parte feita". O Cais está aí, sólido e admirado; já não precisa dos cuidados e desvelos proselitistas que motivaram o aparecimento do blogue e, concomitantemente, a minha participação no projeto. Cesso, por isso, agora, a minha colaboração nos Pezinhos enquanto fotógrafo; voltarei, suponho, ocasionalmente, enquanto comentador. Já pus aqui imagens suficientes (até demais, no dizer de alguns, dos quais sou o primeiro) para que a despedida se faça não com uma foto, mas com um texto; e vai assim, numa linguagem arrevezada, só para chatear. Viva Lisboa, viva o Cais, vivam os Pezinhos!
7 comentários:
Pára tudo...
O CX vai parar de postar?!
Então quem é que vai alimentar este blog?!
Eu nem estou em mim. O bolo assim até cai mal...sabores agridoces não se apreciam por aqui, julgo eu...
Protesto...
Tenho dito.
E, já agora,
Parabéns e obrigada por terem permitido a minha louca e tímida colaboração.
Pena que tenha sido tímida.
Uma petição pública a exigir que o CX não abandone os pezinhos anda a correr a blogosfera. "O Cais não pode esperar" é o mote. Confia-se nesta vaga de fundo, a que já aderiram milhares de fãs, para tornar "revogável" a sua decisão.
Caso o CX tenha partido a maquineta, a vaga de fundo também se propõe fazer uma coleta.
sorrateiramente, subrepticiamente, assobiando para o ar, vou correndo com os velocistas e vou ficando cada vez mais solidamente instalado nesta maratona (atenas periga!). a verdade, no sentido grego de aletheia, cumpre-se. revelam-se os que têm uma estrutura sólida, os que contra ventos e marés olham de frente o adamastor e seguem no rumo traçado tornando finito o infinito... há seis anos era até que a morte nos separasse, hoje, amancebados com projetos que implicam pantufas com berloques e gatos no colo, vão indo para territórios de almas quietas. é vê-los ao longe cabisbaixos e silenciosos, de tão leves já nem o pó levantam...
Estás a precisar de ir cagar com o AC, tu! Se juntos ou separados, isso é lá com os vossos interesses e tendências.
Com este tipo de comentários da treta, tu fedes, ó Harvey!
E ainda mais do que uma ampola de mau cheiro. Sim, dessas de Carnaval.
Palhaço!
... e andavam eles tão bem comportados!
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