A criação do blogue “Pezinhos de molho” é iniciativa de um grupo de fotógrafos que partilham uma característica comum: o uso de óculos graduados. A constituição da equipa atual implicou várias rondas de negociações, das quais foram sendo excluídos, sucessivamente: um pitosga que usava apenas lentes de contacto; um mouco com aparelho auditivo, persuadido que o grupo estava aberto a todos os portadores de próteses auxiliares de órgãos dos sentidos.
Respeitabilíssimas filosofias asseveram ser possível ver o mundo inteiro numa ervilha. Embora em condições normais os membros deste coletivo não bebam assim tanto, aceitam todavia como justa a frase de Torga “O universal é o local sem paredes”; pelo menos, até prova em contrário.
Partindo deste pressuposto, é firme convicção da equipa que, ao eleger para território das suas atividades o espaço restrito do Cais das Colunas, Lisboa, o seu trabalho permitir-lhe-á, cedo ou tarde, recriar toda a História da Fotografia, a História da Humanidade e o Atlas Universal da National Geographic Society.
À luz do que atrás fica exposto, a pergunta “porquê o Cais das Colunas” carece de pertinência; a pergunta correta seria “porque não o Cais das Colunas”. Afinal, todas as ervilhas se assemelham.
Reunidos em sessão plenária, após recitarem uns breves e vaguíssimos estatutos, os membros do coletivo decidiram iniciar, de imediato, a divulgação do seu trabalho.
Para efeitos do parágrafo anterior, “de imediato” deve ser entendido como “a partir de 29 de outubro de 2010”.
Nada mais havendo a acrescentar, deu-se por finda a reunião, da qual se lavrou a presente ata, a qual, depois de lida e aprovada, assinei, na minha qualidade de secretário.
Cais Xadoclos
3 comentários:
tá bem!
mas andam à procura do quê?
inda se fosse do k...
o que é que vos atrai tanto num par de colunas, lá porque estão de molho?
por acaso, antes de chegar aqui ao editorial descomentado, de desencanto em desencanto, até dei um relance no ror de comentários, os mais deles anónimos, ó quem será a()gente disto?, e li por alto as fotografias aquase todas, cheias de pegadas, as mais delas descoloridas, terão acabado a tinta logo em Novembro?
e depois nem uma gaija despida, uminha que seja!
se passassem mazé o tempo qu'aí passam a fotografar à linha ao menos sempre a pescaria dava menos prejuízo e o que andam a beber não cairia tão na fraqueza
isto era a rénar, eh eh ...
agora a doer: sim, senhores!
muito lindo, o mar tão grande, o azul do céu quando não chove, o empedrado a pedir obras, os barcos da carreira tantas vezes a horas (vê-se comparando os horários com a hora da obturação, ao segundo) e até a sucessão de marés segundo o movimento lunar na sua órbita axial, quem está e quem passa, uma que outra carinha laroca, munto inturista, outros à espera da hora, e é isto!
só isto!
as peligrafias aquase todinhas deram em calhar, é o que foi, tiveram muita sorte, assim também eu
e as gaivotas devem de vos achar piada, sempre a abeirarem-se para saírem no pezinhos, as vaidosas
ó bem qu'isto melhora, ó bem qu'então...
gandas malucos
;_)))
Caro Argumentonio, o seu caso interessa-me. Recapitulemos: você chega aqui, vindo sabe-se lá de onde e vá-se lá saber por que vias. Topa com uma coisa chocha, fraquinha e sem graça; logo, faz o que faria qualquer um: esmiúça peça a peça, com desvelo, o acervo do blogue, numa repulsa crescente e progressiva. Por fim e em concordância com as impressões causadas por tão penosa experiência, afinfa-nos com um longo, confuso, prolixo e chato comentário, em que consegue, apesar de tudo, explicar que o blogue não merece a atenção que você lhe dedicou! E nós é que somos "gandas malucos"? Você não deve ter espelhos em casa! Volte sempre, mas da próxima seja sucinto, homem. E fique descansado: não há-de ser por isso que vamos pensar que você é pouco culto.
Hervé!... What else?
Eu
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