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sábado, 13 de julho de 2013

Olha só, Inês: ao chegar há dias ao Cais das Colunas , de bico no ar para gaivotas nenhumas, em quem havia de tropeçar? Na Lídia! Sim, na Lídia ! A que o Fernando Pessoa levava até à borda mais próxima do rio para um monólogo da treta sobre o grande gozo de não ir além das mãos enlaçadas e o fruir contemplativo da natureza, com um caneco!... A verdade é que desde este casual encontro, temos vindo a trocar e-mails sobre e-mails, com vista a ultrapassar aquela mera relação de la main sur la main procurada pelo poeta da tabacaria. E já combinamos ir ao jardim Botânico, um dia destes, pouco antes dele encerrar, para passarmos lá uma cálida e aguada noite de verão, furtivamente, que pagar uma suite com os tempos que correm, trai as medidas de austeridade impostas pelos clowns lateiros do Governo que os pariu. ( Ó Miguel de Vasconcelos, das tapas e das canhas, que eu não me escondo no armário como tu!...) Olha só, Inês, como a meio do quinto capítulo da nossa narrativa a dois, não passas de uma formiguinha impercetível às minhas obstinadas correrias em direção ao Cais. E, pergunto eu: está melhor assim, Lali?


8 comentários:

Hervé disse...

Acho que vou deixar de te fornecer película, ó Cabrita: não só fazes coisas mdonhas, mas também as usas como pretexto para escritos miseráveis, onde a verborreia vai a par com a ignorância literária: o poeta da Lídia é o Ricardo Reis; não confundir com o da tabacaria (Álvaro Campos); e nenhum deles tem nada a ver com o referido Fernando Pessoa.

Harvey disse...

Aquela sombra escura, por cima da coluna da direita, será um cagalhão divino que se avizinha? Sempre ouvi dizer que matéria atrai matéria na razão direta das massas, e esta merda está mesmo a pedir uma bosta celeste, descomunal!

Lali disse...

E pensava eu, que tinha problemas...

A.C.( ele próprio!) disse...

E lá estás tu, de novo, ó Harvey, a dar pus para o ar, sem tomar atenção a quem passa em redor de ti!

Pois não é sabido que a Tabacaria é do Álvaro e a Lídia do Ricardo?

E ignora-se que foi Pessoa que os escreveu, aos dois?

Que mestre escola és tu, a dar lições ao vigário?

( Entretanto, e embora a questão não se aplique ao presente caso, talvez seja boa ideia especializares a tua atenção sobre a leitura de alguns poemas que, atribuídos a um dado heterónimo, melhor se ajustariam a outro.)

A.C. disse...

As tuas lunetas, ó caixeiro, não têm um dispositivo para regular a distância focal?

Bem me parecia que não ou, a tê-lo, faltam-te dedos!

Nem quero imaginar viver na tua escuridão!



Lali disse...

Posso sugerir textos aqui:

http://insoulthoughts.blogspot.pt/2013/07/gozo-sonhado.html

Hervé disse...

Podias era começar a sugerir fotografias aí, filha (Lali!)...

Lali disse...

Também as há...não prometo é na mesma intensidade de qualidade que os textos...