este homem tem qualquer coisa de sansão, coluna em que ele põe o olho fica torta pela certa. será que podemos ver aqui a influência nefasta da de uma qualquer dalila (filha) ou será apenas o uso de lentes vesgas? seja lá pelo que for, ó amigo cx, tenha lá paciência mas esta nem numa antologia de braille...
sansão, sansão, temos que te cortar a penungem que andas muito irascivo!!! então não me digas que vale a pena empenhar os bastonetes a olhar para esta amálgama de seres? quando se perde o sentido crítico a seguir vai-se a virgindade...
Eu também, com os níveis é assim: se forem muito elevados, não me dou com eles; se forem de passagem de comboios, paro, escuto e olho; Se forem níveis usados nas carpintarias ou outras oficinas do género, dispenso-os que nunca fui muito à bola com o artesanato...
( Entretanto, fico à espera de rever a velhota com um feixe de silvas às costas sem a moldura! )
Então agora o mal já não é das colunas, ó af - agora é as pessoas?! Já percebi qual é a confusão: vês as coisas aos bocadinhos e perdes a noção do todo ("the bigger picture", como se diz, nem de propósito, no estrangeiro). Com o teu método, lidos canto a canto, até "Os Lusíadas" fazem figura triste, às tantas... Que te falta nesta imagem épica? Ele é as colunas evocando os tempos idos; o mar das descobertas, hoje deserto de caravelas plurais e por conta de um rebocador singelo, a lembrar um tempo em que já não há barcos, mas tão só barquinhos às ordens de navios estrangeiros (há quanto tempo não lês "O sentimento de um ocidental", ó desgraçado?); ele é a mole indistinta (como se quer toda a verdadeira representação do povo) de onde se destaca, como representante lídima da massa, a figura que, sendo presente, faz a ponte com o passado - quer pelo barrete intemporal, quer pelos traços físicos, não polidos pela recente civilização urbana, que sugerem haver um fio condutor que atravessa as idades, independentemente das respetivas circunstâncias... Se com esta não te calo, ficará para a próxima uma análise rigorosa, em termos de distribuição de formas, de linhas e de tons.
Ora então vejamos, para esclarecer pequenos mal entendidos, caro hervé: 1.º - se o nosso amigo conseguir provar-me, por a+b, que a gestalt atingiu a verdade percetiva e o associacionismo é uma arqueológica e infausta demanda, então, de facto, ando a maltratar não só os bastonetes como o meu esforçado lobo occipital; 2.º - lamento desiludi-lo mas nunca fui homem muito dado a épicas, mesmo camonianas, preferindo, indubitavelmente, a lírica. Entre abraçar o adamastor e beijar qualquer coisa alva de raquel, nem por um átimo o meu espírito hesitaria… 3.º na dita imagem épica, que eu preferiria lírica, há, ao contrário do que afirma, um muito mau serviço ao que diz servir: uma coluna, de facto, ereta, mas a outra coitada… (não será isso um inconsciente presságio?); se não consegue melhor símile para o mar das descobertas, se ele era assim, um calmo caldo e adormecido horizonte, lá se vai a evocação do destemor e valentia da lusa gente, e cai por terra a ideia de que foram os melhores de nós que partiram… 4.º cesário, sempre cesário, e já pensou noutros olhos? não que esses desmereçam, são o que há, talvez, de mais igual à fotografia sem retoque, sem artimanhas de estúdio e a deixar o cheiro do peixe, da fruta, do estar vivo, no papel ou na película. mas há outros olhos, olhos que transfiguram o real ao presentificá-lo e nos obrigam a viajar para além da comodidade e unidimensionalidade da memória, ou não? 5.º seres não são seres humanos, caro hervé (não queira reduzir a ontologia à antropologia)! por fim, e ao contrário de si, eu prefiro representar o povo como uma mole distinta e não como uma mole indistinta… o “in” tem sido a infausta e infame sorte de ser povo. 6.º aguardo, por conseguinte, e num futuro próximo, uma análise rigorosa, em termos de distribuição de formas, de linhas e de tons.
Ó af: no teu comentário, o ponto 1 é nada; o ponto 2, quero lá saber; o ponto 3 ignora o que eu escrevi; o 4 também é palha; o 5 faz lembrar a obsessão borgesiana pela descrição do mundo, a qual acabou como se sabe, ainda segundo Borges. O 6 terá resposta atempada. Vá, vai lá de fim de semana, que bem precisado estás, quer-me cá parecer!...
amaviosa lali, não consuma todos os cum'canecos nos vocábulos, espere pelas próximas fotos e terá que atualizar os seus superlativos!... atento e venerando, seu af
17 comentários:
Ó caixeiro, quando é que pregas um ovo de galinha em cima desta foto para ela ficar, assim, circular!
Ou já passaste a idade de aprender e aplicar certas modernices?
O A.C. em vez de dizer oval, disse " circular"
O A. C. também se engana. Parece impossível!
este homem tem qualquer coisa de sansão, coluna em que ele põe o olho fica torta pela certa. será que podemos ver aqui a influência nefasta da de uma qualquer dalila (filha) ou será apenas o uso de lentes vesgas? seja lá pelo que for, ó amigo cx, tenha lá paciência mas esta nem numa antologia de braille...
Com que então braille - hem, af? Diz-me o que lês e dir-te-ei com que olho fotografas... E ainda há quem se admire que só faças fotos de merda!
Confesso que esta também não atinjo... e sabe como o defendo com unhas e dentes (papi)Hervé...
Ainda não passei esse nível...
sansão, sansão, temos que te cortar a penungem que andas muito irascivo!!! então não me digas que vale a pena empenhar os bastonetes a olhar para esta amálgama de seres? quando se perde o sentido crítico a seguir vai-se a virgindade...
Faz muito bem, Lali!
Eu também, com os níveis é assim: se forem muito elevados, não me dou com eles; se forem de passagem de comboios, paro, escuto e olho; Se forem níveis usados nas carpintarias ou outras oficinas do género, dispenso-os que nunca fui muito à bola com o artesanato...
( Entretanto, fico à espera de rever a velhota com um feixe de silvas às costas sem a moldura! )
Então agora o mal já não é das colunas, ó af - agora é as pessoas?! Já percebi qual é a confusão: vês as coisas aos bocadinhos e perdes a noção do todo ("the bigger picture", como se diz, nem de propósito, no estrangeiro). Com o teu método, lidos canto a canto, até "Os Lusíadas" fazem figura triste, às tantas... Que te falta nesta imagem épica? Ele é as colunas evocando os tempos idos; o mar das descobertas, hoje deserto de caravelas plurais e por conta de um rebocador singelo, a lembrar um tempo em que já não há barcos, mas tão só barquinhos às ordens de navios estrangeiros (há quanto tempo não lês "O sentimento de um ocidental", ó desgraçado?); ele é a mole indistinta (como se quer toda a verdadeira representação do povo) de onde se destaca, como representante lídima da massa, a figura que, sendo presente, faz a ponte com o passado - quer pelo barrete intemporal, quer pelos traços físicos, não polidos pela recente civilização urbana, que sugerem haver um fio condutor que atravessa as idades, independentemente das respetivas circunstâncias... Se com esta não te calo, ficará para a próxima uma análise rigorosa, em termos de distribuição de formas, de linhas e de tons.
Só tu, Hervé, e o Alves, que não o da tabacaria, a vender o país aos camones da U.E. Francamente!...
Vender ou promover?...
Também não estou a perceber a ideia da Lali em complicar as coisas!...
Acho que a gente simples já acabou!
Olhe que não, olhe que não...
Ora então vejamos, para esclarecer pequenos mal entendidos, caro hervé:
1.º - se o nosso amigo conseguir provar-me, por a+b, que a gestalt atingiu a verdade percetiva e o associacionismo é uma arqueológica e infausta demanda, então, de facto, ando a maltratar não só os bastonetes como o meu esforçado lobo occipital;
2.º - lamento desiludi-lo mas nunca fui homem muito dado a épicas, mesmo camonianas, preferindo, indubitavelmente, a lírica. Entre abraçar o adamastor e beijar qualquer coisa alva de raquel, nem por um átimo o meu espírito hesitaria…
3.º na dita imagem épica, que eu preferiria lírica, há, ao contrário do que afirma, um muito mau serviço ao que diz servir: uma coluna, de facto, ereta, mas a outra coitada… (não será isso um inconsciente presságio?); se não consegue melhor símile para o mar das descobertas, se ele era assim, um calmo caldo e adormecido horizonte, lá se vai a evocação do destemor e valentia da lusa gente, e cai por terra a ideia de que foram os melhores de nós que partiram…
4.º cesário, sempre cesário, e já pensou noutros olhos? não que esses desmereçam, são o que há, talvez, de mais igual à fotografia sem retoque, sem artimanhas de estúdio e a deixar o cheiro do peixe, da fruta, do estar vivo, no papel ou na película. mas há outros olhos, olhos que transfiguram o real ao presentificá-lo e nos obrigam a viajar para além da comodidade e unidimensionalidade da memória, ou não?
5.º seres não são seres humanos, caro hervé (não queira reduzir a ontologia à antropologia)! por fim, e ao contrário de si, eu prefiro representar o povo como uma mole distinta e não como uma mole indistinta… o “in” tem sido a infausta e infame sorte de ser povo.
6.º aguardo, por conseguinte, e num futuro próximo, uma análise rigorosa, em termos de distribuição de formas, de linhas e de tons.
O excelentíssimo af tem a capacidade de me deixar ko em menos de 5 segundos ao nível dos vocábulos...(cum caneco!)
Ó af: no teu comentário, o ponto 1 é nada; o ponto 2, quero lá saber; o ponto 3 ignora o que eu escrevi; o 4 também é palha; o 5 faz lembrar a obsessão borgesiana pela descrição do mundo, a qual acabou como se sabe, ainda segundo Borges. O 6 terá resposta atempada. Vá, vai lá de fim de semana, que bem precisado estás, quer-me cá parecer!...
amaviosa lali, não consuma todos os cum'canecos nos vocábulos, espere pelas próximas fotos e terá que atualizar os seus superlativos!...
atento e venerando,
seu af
Ainda gostava de ver isso, af...
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