Lúbrica
Quando a vejo, de tarde, na alameda
Arrastando com ar de antiga fada,
Pela rama da murta despontada,
A saia transparente de alva seda,
E medito no gozo que promete
A sua boca fresca, pequenina,
E o seio mergulhado em renda fina,
Sob a curva ligeira do corpete;
Pela mente me passa em nuvem densa
Um tropel infinito de desejos:
Quero, às vezes, sorvê-la, em grandes beijos,
Da luxúria febril na chama intensa...
Desejo, num transporte de gigante,
Estreitá-la de rijo entre meus braços,
Até quase esmagar nesses abraços
A sua carne branca e palpitante; (...)
Quando a vejo, de tarde, na alameda
Arrastando com ar de antiga fada,
Pela rama da murta despontada,
A saia transparente de alva seda,
E medito no gozo que promete
A sua boca fresca, pequenina,
E o seio mergulhado em renda fina,
Sob a curva ligeira do corpete;
Pela mente me passa em nuvem densa
Um tropel infinito de desejos:
Quero, às vezes, sorvê-la, em grandes beijos,
Da luxúria febril na chama intensa...
Desejo, num transporte de gigante,
Estreitá-la de rijo entre meus braços,
Até quase esmagar nesses abraços
A sua carne branca e palpitante; (...)
Camilo Pessanha, in 'Clepsidra'
7 comentários:
Gaita! Isto assim até já parece o JL mas com pior fotografia!
Está na altura de esqueceres tudo o que aprendeste sobre fotografia, ó anonimito!
A fotografia é muito boa! É pena é que o texto seja tão curto...
Algumas reclamações irónica são bem-vindas: encurtei o poema!
Eu cá...até gostei mais do texto que da fotografia...apesar de achar uma graça às meninas orientais!
Assim sendo, Cabrita, a fotografia já não está grande coisa.
Até com a massa crítica é preciso ter sorte, sobretudo, quando não são os artistas a seleccioná-la!
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