O Cais como alegoria de Roma, nos anos 60 do século passado, ou homenagem sentida a todos os paparazzi caídos em combate
agosto 2017
4 comentários:
AC
disse...
Até parece uma foto saqueada, resultante de um golpe de mão ao arquivo de prestigiado fotógrafo:
uma foto do gamanço, percebes, CX?
Muito bem! Mesmo com joanetes guilhotinados e um par de biqueiras a querer entrar dentro da cena pelo canto inferior direito do rectângulo.
Entretanto, bem podes arrumar a máquina num gavetão até ao próximo Natal. Pois quem sabe se outros, encontrando-a, não cuidarão de fazer com ela o que tu fazes uma vez na vida.
os 10 segundos que demorei a ler o título foram, injustificadamente, vim a descobri-lo depois, momentos de grande expetativa. esperava ver a luz crua e dura de uma mario de biasi ou o despojamento de um pietro donzelli e o que é que encontro, mal desço o olhar: na meia esquerda, um aglomerado de corpos, que nem com uma dose suplementar de boa vontade poderíamos considerar uma manifestação espontânea; um joelho direito do lado esquerdo cortado cerce; dois pedaços de ténis (supostamente, ocultando dois pedaços de pé) no canto inferior direito; uma amputação severa à altura dos joanetes das personagens que poderiam salvar do desleixo o trabalho apresentado e um grão na ampliação que faz corar de inveja qualquer grão de bico, por muito que este se preze. tamanho é o grão que fiquei na dúvida se a personagem que ouve as confissões dos amantes não terá ficado com o olho direito vazo nalguma intifada... salva-se, o que é pouco para tanta promessa, mas apenas dos calcanhares para cima, o casal enamorado e o céu, que de tão limpinho, convida a uma incursão na praia. pergunto-me: como é possível tanta theoria dar tão pobre poiesis?...
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4 comentários:
Até parece uma foto saqueada, resultante de um golpe de mão ao arquivo de prestigiado fotógrafo:
uma foto do gamanço, percebes, CX?
Muito bem! Mesmo com joanetes guilhotinados e um par de biqueiras a querer entrar dentro da cena pelo canto inferior direito do rectângulo.
Entretanto, bem podes arrumar a máquina num gavetão até ao próximo Natal. Pois quem sabe se outros, encontrando-a, não cuidarão de fazer com ela o que tu fazes uma vez na vida.
os 10 segundos que demorei a ler o título foram, injustificadamente, vim a descobri-lo depois, momentos de grande expetativa. esperava ver a luz crua e dura de uma mario de biasi ou o despojamento de um pietro donzelli e o que é que encontro, mal desço o olhar: na meia esquerda, um aglomerado de corpos, que nem com uma dose suplementar de boa vontade poderíamos considerar uma manifestação espontânea; um joelho direito do lado esquerdo cortado cerce; dois pedaços de ténis (supostamente, ocultando dois pedaços de pé) no canto inferior direito; uma amputação severa à altura dos joanetes das personagens que poderiam salvar do desleixo o trabalho apresentado e um grão na ampliação que faz corar de inveja qualquer grão de bico, por muito que este se preze. tamanho é o grão que fiquei na dúvida se a personagem que ouve as confissões dos amantes não terá ficado com o olho direito vazo nalguma intifada... salva-se, o que é pouco para tanta promessa, mas apenas dos calcanhares para cima, o casal enamorado e o céu, que de tão limpinho, convida a uma incursão na praia. pergunto-me: como é possível tanta theoria dar tão pobre poiesis?...
"Poia" vem de "poiesis", não vem? Assim sendo (e conhecendo-te a obra), está tudo explicado!
Um joelho à esquerda, desculpa lá, ó af, mas é como quem diz... A mim parece-me um gajo cheio de tesão, todo deitado para trás!
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