Não sei o que será mais fácil: apanhar caracóis ou veraneantes de costas! Seja como for, deixem que me detenha excepcionalmente no curso do rio prestes a diluir-se na grande massa do mar, aproveitando para " dizer" um soneto do Cesário. Ele aí vai:
" Eu temo muito o mar, o mar enorme, Solene, enraivecido, turbulento, Erguido em vagalhões, rugindo ao vento; O mar sublime, o mar que nunca dorme.
Eu temo o largo mar, informe, De vítimas famélico, sedento, E creio ouvir em cada seu lamento Os ruídos dum túmulo disforme.
Contudo, num barquinho transparente, No seu dorso feroz, vou blasonar, Tufada a vela e n'água quase assente,
E ouvindo muito ao perto o seu bramar, Eu rindo, sem cuidados, simplesmente, Escarro, com desdém, no grande mar!"
( Admito não ter sido muito feliz com a opção deste soneto do Verde! Para a próxima, será pior!)
4 comentários:
Costas há em que fundeio.
Não sei o que será mais fácil: apanhar caracóis ou veraneantes de costas! Seja como for, deixem que me detenha excepcionalmente no curso do rio prestes a diluir-se na grande massa do mar, aproveitando para " dizer" um soneto do Cesário. Ele aí vai:
" Eu temo muito o mar, o mar enorme,
Solene, enraivecido, turbulento,
Erguido em vagalhões, rugindo ao vento;
O mar sublime, o mar que nunca dorme.
Eu temo o largo mar, informe,
De vítimas famélico, sedento,
E creio ouvir em cada seu lamento
Os ruídos dum túmulo disforme.
Contudo, num barquinho transparente,
No seu dorso feroz, vou blasonar,
Tufada a vela e n'água quase assente,
E ouvindo muito ao perto o seu bramar,
Eu rindo, sem cuidados, simplesmente,
Escarro, com desdém, no grande mar!"
( Admito não ter sido muito feliz com a opção deste soneto do Verde! Para a próxima, será pior!)
pelo alongar das sombras, que é a única coisa que por essas bandas se alonga, deviam ser para aí 17,15h... falta-lhe recheio: é só massa folhada!
Qual delas é a namorada que eu sonhei? Podem embalá-la, se faz favor? Depois, é só enviá-la num sobrescrito para a minha rua. Muito obrigado!
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