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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A eólica do cais



setembro, 2011

18 comentários:

anónimo da Graça disse...

Sabes onde é que podes meter a eólica?????

Lali disse...

Oh Af...o que é isto??!

Harvey disse...

Posso completar, querido anónimo? E depois de a meter, sabes o que é que podes fazer com o interruptor do aparelho?

af disse...

cambada de invejosos... vou deixar de vos dar ostras (como veem até nos insultos mostro alguma nobreza!)...

São Pedro, o informático da Bacia do Escafandro, disse...

Há pessoal, da leve à pesada, que não está preparado para aceitar o que não lhes passa pela moleirinha! E, depois, levantam dúvidas quanto aos baixos resultados apurados nos testes relativamente aos seus QIs.

( Entretanto, a Terra segue a sua rotação )

af disse...

é uma ventoinha na mão de um senhor, Lali. ao fundo é o tejo e as suas mansas águas. esclarecida?

Hervé disse...

Não consigo evitar um frémito admirativo: já repararam que as fotos do af são aquelas em que mais se procura transcender o "huis clos" que é o Cais? Nenhum dos outros fotógrafos leva tão longe (se é que enceta, sequer, esse caminho!) o trabalho de desmantelamento do espaço e de apagamento dos seus referentes... Como se o Cais pudesse ser, literal e não apenas metaforicamente, um mundo - melhor: como se se quisesse fazer do Cais um mundo... Escolher um grão de areia, observá-lo ao microscópio, percorrer as suas montanhas e vales, escolher uma sombra convidativa, deitar-se e adormecer, à espera de ser acordado pelos astronautas: é claro que isto não é meu, é a desastrada e trôpega paráfrase de um poema do Carlos de Oliveira que há de estar por aí, não sei onde; mas ocorreu-me há pouco, ao ver esta imagem. A qualidade do que é mostrado também é uma questão e pertinente; mas hoje não me apeteceu ir por aí. Ainda comecei por ceder à tentação de pegar na foto à bruta, "démarche" de sucesso garantido, num blogue onde se preza a maledicência; mas - que hei de eu fazer?! - ao contrário da generalidade das cabeças que por aqui carambolam usualmente, caixas fortes onde se aconchegam línguas galhardas e desenvoltas, na minha cabeça avulta, majestoso, o cérebro...! Enquanto que vós outros linguarejam desabridamente, a mim não me resta alternativa que não seja procurar sentido nas mínimas manifestações sensíveis do Mundo!

A. C. disse...

Até que enfim! Com um comentário destes, estão reunidas as condições para bebermos um copo juntos! E temos assegurado, a partir de hoje, os caudais de água dos cursos fluviais mais importantes do país como o Tejo e o Douro. E o rio que corre na minha aldeia: tinha que ser !

Lali disse...

Obrigada AF,

Se não fosse vossa excelência, iria ficar na ignorância para todo o sempre...

Aliás, para que não passe novamente por esta cena, vou mesmo ficar-me pela observação e redimir-me ao silêncio, tal como faço nas exposições que visito...

Pode ser assim que este pessoal se acalme um pouco...

A. C, num rasgo excecional de sinceridade, disse...

Flor-ventoinha ligada com uma tomada a um relógio ao peito? Um cronómetro a comandar as pás rotativas do tempo?!

Como hão de esperar por foto mais engenhosa e romântica, caso o arranjo floral se destine a uma delicada mão feminina?

Estas inesperadas imagens, ó más línguas, emocionam-me!

A. K. disse...

Não há espaço que não estique, nem tempo que sempre dure... Valsemos, pois, nós, garbosos - gavetas e galheteiros, molhos de grelos, (ale)gorias, que o tempo é como o ranho: só incomoda quando damos por ele e só damos por ele quando transborda! É o que eu digo: não há tempo que sempre dire, nem espaço que não estuque...

af disse...

Caro Hervé, gosto particularmente da sua última afirmação: “(…)a mim não me resta alternativa que não seja procurar sentido nas mínimas manifestações sensíveis do Mundo!” E, para além de gostar, espanta-me verdadeiramente que uma alma onde ebule uma perene inquietação e um cérebro que só lhe falta saber fazer o pino, ceda tantas vezes a uma visão preguiçosa, deixando que “as manifestações sensíveis do Mundo” fiquem sem atribuição do tal sentido que, ao que parece, afinal, nem sempre tem tempo ou paciência para procurar deveras…
Agradeço as poéticas palavras que trouxe até nós do Carlos de Oliveira e, porque elas dialogam com um trabalho meu, tenho que lhe dizer que não posso aceitar o que é imerecido, ou, dito de outro modo, parafraseando o velho Aristóteles, “sou muito amigo do Hervé mas sou mais amigo da verdade.” De facto, nunca senti o Cais como Inès, Estelle, Garcin e Le Garçon, sentiram aquele salão. Ainda assim, dias há em que o Cais é pequeno, claustrofóbico, e, nesses dias, confundo-me, então, inquietado, com o carteirista, o voyeur, o gigolo e outros operários que não os do turístico olhar… Pergunto-me, muitas vezes, o que é que eu ali procuro e muitas vezes me respondo que procuro ali e em todos os lados o mesmo: o que me espante, o que me surpreenda, o invulgar, o que me faz suster a respiração, o que me faz tremer com receio de não ser suficientemente ágil e rápido. Um dia, quem sabe, talvez possa descobrir uma pepita, até lá vou baldeando ganga e mais ganga e esperando sempre que a paciência dos amigos seja tendencialmente infinita…

Lali disse...

Que poético...
(e não estou a ser irónica)

Hervé disse...

af, af - sempre tão baralhado... A preguiça não está na minha visão que recorta o mundo, mas na tua, que analisa o recorte! E ao contrário do que supões (mais uma vez, erradamente), há muito que o meu cérebro sabe fazer o pino!...

Bewlay disse...

Num futuro próximo o vento fará aumentar, proporcionalmente, o movimento deste blog.

af disse...

olhe que não, olhe que não, amigo Hervé, isso a que chama o pino é apenas memória dos espelhos da feira popular...

Hervé disse...

A minha memória dos espelhos está no S. Carlos, af - não na Feira Popular (?). Cada é donde nasce...
Boas, Bewley! Já tens outra vez dinheiro para pagar a net? Isso é que são boas notícias!

Bewlay disse...

Finalmente a viver na provincia baseio a minha economia em trocas de bens ou serviços (os últimos escassos porque sou pouco serviçal). Assim evito, a todo o custo, o recurso a valores monetários.
Desta forma consegui pagar a net...é verdade. Custa-me um nabo por cada mega!

ps: bewley é a prima!