Esta só podia ser tua. E, francamente, nem está nada mal! Claro que a digitalização e béu, béu, e blá, blá podia ser mais cuidada, faltando sal, pimenta e outras especiarias. Mas respira fundo, que não é por aí que as colunas perdem a verticalidade e as gaivotas deixam de pousar-lhes em cima!
A figura completamente negra do petiz (ainda para mais, numa foto a cores) faz dele um boneco e da fotografia, por arrasto, mera caricatura do real. Se é essa a intenção - bravo; caso contrário, nada aqui merece que se perca tempo.
quando nós pensamos que conhecemos os nossos, eis que a dura realidade, qual aorta que se entope, se encarrega de o desmentir... como é que alguém pôde sequer levantar o leve véu da suspeita que esta fotografia fosse outra coisa senão uma caricatura do real? como é que alguém, com um arqueológico saber da arte, pôde deixar que a suspeita se insinuasse insidiosa, torpe, sobre as intenções do artista? a crítica, porque filha dilecta do exercício da razão, nunca deve afectar a quem se dirige, mas a suspeita, em que enraíza a crítica, essa sim deixa o artista de rastos, e é mesmo possível ouvir-lhe a alma liquefeita escorrer pelo mais fétido bueiro... quando os nossos deixam de acreditar em nós, o que é que nos resta senão o apocalipse?
O teu problema, af, é que ainda há quem acredite em ti - e não o contrário: por esta altura, já tenho um catálogo razoável de tendências na fotografia que fazes e se o abrir, por exemplo, na categoria "caricatura", deparo-me com uma página em branco; já se o abrir em "experiências gráficas falhadas", os exemplos são legião. Percebes a minha perplexidade? Vai e não peques mais.
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8 comentários:
Esta só podia ser tua. E, francamente, nem está nada mal! Claro que a digitalização e béu, béu, e blá, blá podia ser mais cuidada, faltando sal, pimenta e outras especiarias. Mas respira fundo, que não é por aí que as colunas perdem a verticalidade e as gaivotas deixam de pousar-lhes em cima!
Tenham paciência, nem vejo colunas nem gaivotas.
Aquele é um pombo!!!
E o título veste bem qualquer Cais.
Mudaram???
As gaivotas é assim: quando não se vêem, imaginam-se. Ou não. Parece que não!...
Se me pedirem para descrever a cena que vi, hoje, entre uma gaivota e um pombo, não sou capaz de vos...contar!
A figura completamente negra do petiz (ainda para mais, numa foto a cores) faz dele um boneco e da fotografia, por arrasto, mera caricatura do real. Se é essa a intenção - bravo; caso contrário, nada aqui merece que se perca tempo.
quando nós pensamos que conhecemos os nossos, eis que a dura realidade, qual aorta que se entope, se encarrega de o desmentir... como é que alguém pôde sequer levantar o leve véu da suspeita que esta fotografia fosse outra coisa senão uma caricatura do real? como é que alguém, com um arqueológico saber da arte, pôde deixar que a suspeita se insinuasse insidiosa, torpe, sobre as intenções do artista? a crítica, porque filha dilecta do exercício da razão, nunca deve afectar a quem se dirige, mas a suspeita, em que enraíza a crítica, essa sim deixa o artista de rastos, e é mesmo possível ouvir-lhe a alma liquefeita escorrer pelo mais fétido bueiro... quando os nossos deixam de acreditar em nós, o que é que nos resta senão o apocalipse?
O teu problema, af, é que ainda há quem acredite em ti - e não o contrário: por esta altura, já tenho um catálogo razoável de tendências na fotografia que fazes e se o abrir, por exemplo, na categoria "caricatura", deparo-me com uma página em branco; já se o abrir em "experiências gráficas falhadas", os exemplos são legião. Percebes a minha perplexidade? Vai e não peques mais.
No que toca a punhaladas essa do "arqueológico saber da arte" é linda. Este é o tipo de sangue que me faz molhar os pés.
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