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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Postal Ilustrado!

                                                     "Dois e dois são quatro ou vinte e dois?"     Le Figaro

7 comentários:

Anónimo disse...

Caríssimos!
Hoje saí-me e, com os raios de sol debaixo do braço a fazerem figas ao inverno, fui-me até à Plaza Mayor da cidade. Aí sentei-me num banco de ripas de madeira que ainda os há e esperei com os olhos semicerrados à malandro! Por pouco tempo, devo dizê-lo que logo, e de uma forma que dir-se-ia combinada, foram passando por mim, de minuto a minuto, velhos e novos amigos, velhos e novos conhecidos, velhos e novos de sei lá donde! O que importa é que, à falta de imaginação, a todos ia perguntando se conheciam os PEZINHOS DE MOLHO e, milagre dos super, macro, hipers milagres, não houve um só ( salvo um!...) que ignorasse o nosso blogue! Todos o topavam e, por mais incrível que pareça, desde os primeiros dias do seu nascimento, chegando mesmo alguns a assistirem in loco ao seu parto. Mas vamos ao que cuido ser útil transmitir-vos, ó amigos Pezões. Sem precisar o número, foram bastantes as respostas obtidas sobre uma opinião que procurei colher sobre os Pezinhos de Molho e que eu, homem de tendências esbanjadoras, procurei dar-vos notícia, o mais economicamente possível. Atentai, pois! Então, para a imensa maioria dos auscultados, os PEZINHOS pecam pela discrepância existente entre o número de fotos mono e policromáticas, sendo estas últimas como são tendenciosamente exploradas. A propósito desta observação, o Dias à Boa Vida até se atreveu a comentar qualquer coisa como: “ Fazem cocó nas minorias e depois queixem-se se os gajos quando, um dia destes, acabarem com a democracia.” Mas das observações que julgo mais dignas de salientar são outras. As que se seguem: que os PEZINHOS DE MOLHO estão a descambar para uma má língua que ultrapassa o programa televisivo conhecido pelo mesmo nome e que, a perder a graça, semana após semana, ainda consegue manter mais expectativas de humor que o próprio blogue em causa; que as larachas a terem justa arrumação na prateleira das larachas da Biblioteca Nacional ou outra mais modesta, têm vindo a perder piada, criando sérios problemas ao funcionário que trata da arrumação destas matérias; que o humor, essa coisa saudavelmente republicaníssima, cultivada com certo gozo no início, tem vindo cada vez mais a monarquizar-se, o que traduz mais do que um passo atrás, quer na história colectiva dos nossos povos, quer na individual. Que a linguagem utilizada pelos comentaristas ( C.G, af, CX e eu próprio!) desmotiva, desmobiliza, desatina, desencanta, desconcerta, ( outro termo que o pudor me impede de proferir…) nefastamente quer a desejável participação tanto dos nossos seguidores, ( se é que ainda obstinadamente, persistem em sê-lo), como a dos próprios visitantes anónimos, turistas, sem-abrigo e etcs. Talvez mais até etcs que constituem, afinal, o que há de mais genuíno da nossa base sociovisual de apoio, quer a nível nacional, quer a nível dos estranjas; que os últimos comentários ( e esta, pessoalmente, deixou-me irado e sem vontade de ir às urnas no próximo ato eleitoral) a atender pelo tom com que são expressos e o estilo utilizado, não deixam de denunciar uma certa tendência efeminada associada a um complexo edipiano mal resolvido como se comprova através de uma cuidada análise aos últimos comentários proferidos…

pezinhosdemolho disse...

… Claro que as apreciações obtidas, hoje, junto dos já mencionados cidadãos, são em número bem maior do que os referidos…
Seja como for, deixo-vos um cheirinho de alguns grupos sócio-profissionais e outros, que ouvi num dos bancos implantados na Plaza Mayor: um desembargador ainda no activo; um crítico de arte à procura de emprego no Senegal ou no Quénia; um contribuinte do Topo, que o foi, incrivelmente, deste o principio até aos nossos dias; uma professora de instrução primária que partilha o mesmo quarto com uma professora do secundário; um desempregado há muito tempo, anterior à tomada de posse do Governo pelo Sócrates; uma amiga que já não via há muito e por quem nutro uma declarada simpatia; um bancário que passou do PC para nada; um PS- tinha-que- ser, enquanto a coisa-estava-a-dar; e mais, mais gente que me poupo de nomear, preocupado como estou com a vossa útil e gozada gestão de tempo!
Por fim, e após tão sucintamente quanto possível ter narrado o que foi o meu dia hoje, na Plaza Mayor, tudo farei para corresponder às justas expectativas manifestamente frustradas dos meus interlocutores, embora não saiba precisar, neste momento, bem como… Mas dêem-me tempo!
PS: O Manel do Caídos que havia lerpado do coração, dos rins, de algum tubérculo, caule ou raiz há cerca de uma semana, como é óbvio, não passou por mim… Está onde devia estar há muito, como me confidenciou a viúva, a única ( afinal, havia uma!) que não conhecia os PEZINHOS DE MOLHO! Pior para ela!
Com abraços, extensivos aos Anónimos!
A.C

Anónimo disse...

Dois comentários: um único!Toparam a ginástica?A.C

Hervé disse...

Não penses que este longo arrazoado te livra do desprezo justo dos apreciadores de produtos finos: esta fotografia tem a sua graça, mas a prova acinzentada e tristonha que exibes deita por terra as boas intenções iniciais. O resto, os comentários, só provam o que ando há anos a dizer-te: és pouco criterioso na distribuição de títulos de amigo. Um abraço de parabéns e vê lá se atinas: tens cada vez menos tempo para isso...

af disse...

imaginem só cuidado e o trabalho a que o homem da máquina se dedicou: sessenta e tal gaivotas!!! é Obra! será que isso quer dizer que muitos e altos voos ainda o esperam? estamos todos certos que sim! um grande abraço ao AC e que os ventos lhe sejam propícios! se, eventualmente, a máquina lhe começar a pesar, todos nos quotizaremos para lhe arranjar um(a) ajudante para amenizar o fardo ou, em alternativa, uma nikon descartável com imagens de fátima...

anónimo da Graça disse...

Só mesmo tu ó af para olhares para um postal (mal) ilustrado e entreteres-te a contar gaivotas. É o mal desta nova geração que resume tudo a milhões de pixeis!

A.C. disse...

Os dois, tu, ó Graça e af o que cultivam é a alienação. Cada um, claro, com o seu estilo! Seja como for, quero mostrar o meu agradecimento ao último comentarista pela ideia de fátima, desde que esta não se trate de uma das canditadas à beatificação...