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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CAIS dos cisnes

janeiro, 2011

11 comentários:

A. C. disse...

Uma gaivota! Até que enfim! Deu-se mal com o faroleiro das Berlengas e voltou. Por mim, folgo em revê-la, de asas abertas, penas soltas, desafiando a lei da santíssima gravidade! Desta vez, o pescador esteve lá, com a certeza de não chegar a casa com as mãos cheias de nada! ( Desculpa: às vezes fico parvo com os meus dotes poéticos!)

Anónimo disse...

... pode, ainda, ser um "fósforito"! Tem cabeça, nem grande nem pequena, não me parece queimada nem riscada... mas tem CHAMA, sim senhor!

Eu

Eu, ainda disse...

...há acentos agudos que não fazem sentido, mas são intrometidos...

Hervé disse...

Soube logo que esta foto era tua, mesmo antes de confirmar a autoria. Para quem tanto investe, fotograficamente falando, na arte da imagem suspensa, a tua desconfiança em relação ao meio que usas é tocante: sempre que puderes, aproveitas uma manifestação - digamos - artística como tema das tuas práticas. Como se a fotografia, por si só, não bastasse e tivesse de ser sancionada por uma outra - digamos ainda - arte, essa sim, devidamente reconhecida; como se a função da fotografia fosse, por não se bastar, revelar a verdade em suspensão nas verdadeiras artes - seja lá isso o que for.

Hervé disse...

PS- Com os teus dotes poéticos, ó Cabrita, não és só tu quem fica parvo; acho que qualquer um fica.
Acho piada, ó Eu, ao teu jeito para contornar as situações melindrosas e só apareceres nas ocasiões pacíficas: onde é que andavas, quando o Cabrita andou a estraçalhar figuras - prática que, expressamente, me censuraste?

af disse...

admito que gosto de algumas das sugestivas expressões com que o nosso Hervé resolveu mimosear os meus rabiscos de luz e sombra, entre outras: investidor "na arte da imagem suspensa"; "desconfiança em relação ao meio que uso"; "a fotografia [para mim] não se basta a si mesma"; "a fotografia [para mim] deve revelar a verdade em suspensão nas verdadeiras artes".
Se este não fosse um espaço dedicado à imagem, teríamos aqui matéria para um extenso, intenso e, talvez, presunção minha, interessante debate. É um facto que nunca fui grande adepto das artes que funcionam em circuito fechado, auto-referenciais; nem acredito que isso seja de todo possível: tudo acontece, Merleau-Ponty dixit: num fundo de mundo. por outro lado, não há, ao que julgo saber, uma dogmática da arte de fotografar (ainda não atingiu o estatuto da religião!), pelo que julgo estarem em aberto todas as possibilidades, mesmos as mais insanas, iconoclastas, e até as de gosto/resultados muito duvidosos...
quanto à desconfiança, outro assunto muito interessante, eu geralmente guardo alguma reserva em relação àquilo que fixa o que é contínuo, que negoceia com o que é aparente e que implica dois momentos, nem sempre sequenciais, de re-presentação e, por isso, não consigo ser-lhe incondicionalmente fiel...
o recurso a que lanço mão amiúde, admito que revelador de preguiça – ok, falta de talento! -, a situações já compostas ou quase-compostas, e que podem prefigurar batota ou uma espécie de ad verecundiam, porque não foi a autoridade da fotografia mas do que é fotografado que se acaba por impor, ora, isso não é, admito-o publicamente, um paralogismo, mas um sofisma. ou seja: faço-o voluntariamente, premeditadamente. aliás, ando mesmo à procura desses momentos, sabendo que eles me salvarão, não a alma mas o dia, embora não me façam melhor fotógrafo, apenas um gajo com sorte e dedo rápido...
muito haveria a dizer acerca da verdade, seja qual for a arte e o engenho envolvido, mas nisso sou mesmo um inveterado sofista: não há verdade, apenas diferentes pontos de vista. ou como dizia o velho protágoras: "o homem é a medida de todas as coisas; assim, portanto, como a mim me parece que são as coisas, tais são para mim; e como a ti te parecem, tais são para ti."
o resto dir-se-á em torno de um copo...

anónimo da Graça disse...

Ó af! Tu andas com muito tempo livre, não andas?

Eu disse...

Ó Hervé, será este o momento de eu me retirar?!

Tu "estraçalhas" tudo, meu! O AC, o AF, o CG...
e eles levam-te a sério? E respondem?

Ora, como posso Eu, por aqui e nestas condições, aprender "qualquer coisita"?

Depois, quem tem razão é o tal de Moretti: vão acabar todos à volta de uns bolitos ou, no caso, de uns copitos...


E está bem!

Hervé disse...

Minha cara Eu: quando, por exemplo, digo ao af "sempre que puderes, aproveitas uma manifestação (...) artística como tema das tuas práticas", é isso que quero dizer; quem acrescenta a isto, em apêndice, o juízo "... e isso é mau e censurável", faça-o, por sua conta e risco. Não reconheço a autoria/intenção da fórmula, nem a subscrevo. Olhar as coisas de uma perspetiva necessariamente diversa daquela de quem as pratica não implica o desejo de colonizar essa perspetiva. Numa coisa te dou toda a razão: aqui não se aprende nada, exceto - espero - que há alturas em que não há nada para aprender. Quanto aos copitos, estás desde já convidada. Beijos, é claro.

af disse...

nunca me passou pela cabeça que houvesse intuitos judicativos no comentário do meu amigo Hervé, já todos passámos essa fase adolescente em que o mundo e arredores conspirava em permanência contra nós, o complexo calimero já há muito se foi... agora que eu gosto de polemizar, da ironia, mesmo da conversa só pela conversa, lá isso gosto e não me parece estar sozinho...

Eu disse...

...agradeço o convite e, se não houver algum contratempo ou a rapaziada não protestar, aceito a hora do café.